Thaisa diz que não dormiu após derrota na semi e pede mais vontade: “Foi um querer pequeninho”
Thaisa diz que não dormiu após derrota na semi e pede mais vontade: “Foi um querer pequeninho”
Depois da vitória sobre o Estudiantes (ARG) que garantiu o 3º lugar para o Minas no Sul-Americano de clubes de vôlei feminino, a central Thaísa falou, mas não sobre o time argentino. A bicampeã olímpica revelou que não dormiu depois da derrota na semifinal para o Praia Clube, disse que teve a dor pela derrota, mas também pela falta de atitude do time: "Foi um querer muito pequenininho. Tem que ser um querer muito grande".
A derrota tirou da equipe de Belo Horizonte a chance de defender o título conquistado no ano passado. O Praia Clube vai decidir o título contra o Alianza Lima (PER) nesta terça-feira. O Sul-Americano não terá dois times brasileiros na final pela primeira vez depois de 10 anos.
A central afirmou que deve ter dormido 1h de segunda para terça-feira. Thaísa justificou que ficou com a "cabeça fritando", pensando no que poderia ter feito de melhor. No entanto, ela disse que o Minas não tem feito bons jogos quando entra em dificuldade e que a vontade está "muito abaixo"
- Quando a gente perde um jogo muito duro eu não durmo. Estou virada. Acho que dei um cochilinho de uma horinha no máximo. A cabeça fica fritando por tudo que eu poderia ter feito de melhor, onde a gente pode ajustar. Isso é a Thaísa de sempre - disse em entrevista ao sportv.
"Acho que, acima de qualquer coisa, ontem a gente começou muito bem e faltou atitude quando começou a ficar difícil. Eu acredito que a gente tem passado por isso nessa temporada: quando começa a entrar em dificuldade, a gente está baixando a guarda e a luta está diminuindo, é a sensação que eu tenho. A atitude de correr para bola, de tentar todas as bolas, de se jogar está caindo. Está muito abaixo".
Thaísa ressaltou que a equipe precisa voltar a ter reação nos momentos de dificuldades, principalmente, por causa na sequência da Superliga. Ela reconhece a qualidade do Minas - e exemplificou a atuação dos dois primeiros sets no jogo da semifinal contra o Praia Clube -, no entanto, o querer do Minas foi "pequenininho" no clássico pão de queijo.
- O mais difícil, o mais doloroso não é a derrota em si, que é óbvio que dói muito, mas é perder dessa forma: com falta de atitude, de se jogar, de querer, de lutar até a última bola. Voleibol a gente mostrou que tem. Os dois primeiros sets foi um jogo impecável. Depois, obviamente, tem toda a qualidade do time adversário, mas não pode faltar atitude do lado de cá pela grandiosidade que é o nosso clube, que é o nosso time. É para dormir fritando com dor, triste, chateado.
"Perder na bola, ok. Agora, perder por falta de atitude, empenho, de querer. Foi um querer muito pequenininho. Tem que ser um querer muito grande, que acho que o Praia teve nos três últimos sets. Elas quiseram muito mais do que a gente e viraram o jogo".
Para o restante da temporada, Thaísa ressalta que é preciso estudo e buscar melhorar individualmente para refletir no time.
"Acho que estamos no final da temporada, tem que querer demais. Não pode deixar baixar a guarda de jeito nenhum. Eu sei que elas colocaram a gente em dificuldade, mas é nesse momento que o time cresce. Eu já passei muito por isso. Agora é estudar. Cada um colocar a mão na consciência, saber o que tem que fazer de melhor. Não adianta ficar apontando uma para outra. Trabalhar em si. Se cada uma trabalhar em si, com certeza, a gente vai melhorar e o time vai bem".
O Minas volta à quadra na próxima segunda-feira pela Superliga Feminina e tem de cara uma pedreira: enfrenta o Osasco, na Arena Minas, às 21h, em confronto direito pela vice-liderança da competição.
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