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BASQUETE

NBB promove ação de letramento racial: “Abrir um novo momento no esporte para atletas negros”

Com participação de jogadores, Liga Nacional de Basquete faz palestra sobre a importância da cultura negra na formação do basquete em evento do Tratado Antirracista e pela Diversidade

19/11/2024 12h37Atualizado há 2 semanas
Por: Redação
Fonte: GloboEsporte.com

A luta antirracista ganhou a quadra do NBB nesta terça-feira. Na véspera do Dia da Consciência Negra, a Liga Nacional de Basquete (LNB) promoveu uma palestra sobre importância da cultura negra na formação do basquete brasileiro. A ação de letramento racial foi realizada no Teatro do Corinthians, em São Paulo, e contou com a participação de jogadores de quatro dos 18 times que disputam o torneio nacional.

- Queremos abrir um novo momento no esporte para os atletas negros. Queremos dar um passo à frente. O racismo no esporte precisa ser combatido - disse Rafael Garcia, palestrante e coordenador de ESG da LNB.

O evento foi aberto ao público e gratuito. A palestra é uma ação do Tratado Antirracista e pela Diversidade, um documento pioneiro lançado pela LNB em abril estabelecendo protocolos para casos de discriminação racial, violência contra a mulher, LGBTfobia, xenofobia e capacitismo em jogos da liga, orientando o acolhimento à vítima, a denúncia e o encaminhamento para julgamento, tanto na esfera civil quanto na esportiva.

Alguns casos de racismo mancharam o NBB nos últimos anos. Em dezembro de 2023, por exemplo, o argentino Nicolás Copello, na época jogador Minas, tomou a pena máxima de dez jogos de suspensão e multa de R$ 8 mil por provocações racistas a Matheus Santos, o Buiú, do Cerrado Basquete. O Tratado Antirracista pretende promover uma mudança de cultura para prevenir e combater injúrias e ofensas raciais como essas.

O papel da cultura negra e do hip hop na formação do basquete foi o tema principal do evento. Além de Rafael Garcia, coordenador de ESG da LNB, palestraram Dandara Almeida (diretora do Centro Cultural de São Paulo), MC Max (percursor do movimento Hip Hop e comunicador) e Lucas Cauê (jogador do Corinthians).

- Isso aqui que foi mostrado hoje é sobre memória, é sobre história, é sobre valorizar nossa raça. Essa conexão com a cultura é muito importante e tem de acontecer mais vezes, porque é onde você traz o letramento racial para nosso povo. Precisamos frequentar e ocupar espaços que são nossos - disse Dandara Almeida.