A Fifa aguarda a autorização da International Board (IFAB) para seguir com os testes do modelo alternativo de VAR conhecido como FVS, sigla que em português que significa suporte para vídeo de futebol. Diferente do sistema que já é utilizado, a proposta dá aos treinadores a chance de contestar decisões do árbitro, em uma espécie de desafio, que ocorre em modalidades como o vôlei.
— Conforme acordado, a Fifa apresentará um relatório no próximo IFAB ABM e solicitará a continuação do teste em uma base mais ampla. Várias associações (membras da Federação) já demonstraram interesse em participar do teste. Se o IFAB der a permissão, no ano que vem haverá várias competições usando FVS — disse o presidente do comitê de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, em entrevista à ESPN.
Os primeiros testes do FVS foram feitos nas Copas do Mundo Femininas do Sub-20 e Sub-17, realizadas em 2024. Antes das referidas competições, o modelo também foi usado na Fifa Youth Cup, uma competição das categorias de base feita em Zurique. O objetivo da Fifa é expandir a liberação para novos torneios.
— Embora (a Copa do Mundo Feminina Sub-20 e Sub-17) tenha sido a primeira experiência, tanto para as equipes quanto para os árbitros, sentimos que o resultado foi muito positivo. Garantimos que eles foram bem informados de antemão e conduzimos uma pesquisa com os treinadores após o torneio, o que mostrou que a FVS foi recebida positivamente e considerada digna de ser usada no futuro — comentou o dirigente.
O sistema de desafios do FVS já é utilizado em ligas menores, mas, diferente do VAR, conta com apenas quatro câmeras. Segundo o presidente, a proposta da Fifa é seguir explorando tecnologias que impactem positivamente o jogo de futebol e ajudem os árbitros a terem decisões mais corretas em campo.
Collina também explica que o propósito dos testes do FVS não é substituir o VAR e sim criar um complemento.
Com o FVS, o treinador faz uma contestação a uma decisão e o árbitro então vai para o lado do campo para ver um replay do incidente. A maior diferença entre os dois modelos é que no sistema em teste não há um árbitro de vídeo selecionando lances e ângulos específicos para serem analisados em campo, apenas um operador de replay. Logo, é mais rápido, porém limitado.
O juiz da partida, então, avalia sozinho sua própria decisão e não recebe opiniões de uma comissão de árbitros externos.
Sem contar que o sistema atual exige um investimento muito maior das federações, pelo número de câmeras que precisam estar disponíveis para o bom funcionamento do VAR.
— Embora o VAR seja usado em cerca de 200 competições ao redor do mundo, muitas outras não podem implementá-lo devido aos recursos financeiros e humanos limitados. O Football Video Support é uma tecnologia mais acessível que muitas outras associações da Fifa podem implementar para ajudar os árbitros quando necessário. O VAR e o FVS são soluções diferentes para necessidades diferentes — concluiu Pierluigi Collina.
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