Jürgen Klopp se defendeu das críticas após o anúncio de que assumiria uma função na Red Bull e garantiu que não pode se preocupar com as reações dos torcedores. As reclamações se basearam nas práticas da empresa, que o ex-treinador antes condenava, e na relação com clubes rivais que a corporação comanda. As declarações foram dadas ao podcast "Just Luppen", comandado pelo ex-jogador Toni Kroos.
— Eu não queria pisar no calo de ninguém. Amo todos os meus antigos clubes. Mas não sei o que poderia ter feito para que todos estivessem felizes — contou o ex-técnico.
A função de Klopp na nova corporação será coordenar a visão estratégica dos clubes de futebol que a Red Bull lidera em todo mundo.
Klopp explicou que tinha vontade de seguir trabalhando depois de se aposentar do cargo de técnico de futebol. A vaga na Red Bull não estava no radar, mas surgiu como uma grande oportunidade, já que ele que seguirá envolvido com o esporte.
O ex-treinador do Borussia Dortmund e do Liverpool foi chamado de "mercenário" por antigos fãs do seu trabalho, por ir contra tudo que defendia para assumir o novo cargo. Klopp contou ainda que não se preocupou com as críticas e que não podia deixar elas influenciarem nas decisões.
— Você não pode tomar sua decisão baseado nas reações que virão. Tenho 57 e ainda posso trabalhar mais alguns anos. Mas não me vejo à margem por enquanto. Estava claro para mim que faria alguma coisa, então veio a Red Bull. Não posso fazer muita coisa, mas sei um pouco sobre futebol. Para mim, é excelente — concluiu Klopp.
A Red Bull é duramente criticada na Alemanha por estratégicas ao comprar e dirigir equipes de futebol. Além do RB Leipzig, grande rival do Dortmund, a empresa é dona do RB Salzburg e do Liefering na Áustria, do New York Red Bulls na MLS, do Red Bull Bragantino no Brasil.
No passado, Klopp chegou a criticar os negócios da empresa publicamente, com declarações que foram recuperadas pelos antigos fãs. Uma das desaprovações do ex-técnico aconteceu em 2017, em que ele afirmava apreciar a "tradição no futebol" e recriminava os conglomerados de multi-clubes, como acontece na Red Bull.
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