O caminho do Mogi das Cruzes no Campeonato Paulista masculino de basquete de 2024 foi mais curto do que o planejado e terminou com a eliminação precoce ainda na fase de classificação.
A equipe até teve um início promissor, com vitórias sobre Corinthians e Franca. Mas, considerando a fase inicial e o realinhamento, fez a nona melhor campanha no geral, com cinco triunfos em 13 jogos. Números insuficientes para passar de fase, e o motivo, de acordo com o técnico Fernando Penna, é um só: o regulamento do estadual.
Osasco, oitavo e último a garantir vaga nas quartas de final, teve uma vitória a menos na somatória. O que pesou foi o formato da fase de realinhamento, que valia três vagas, onde o Mogi enfrentou também Bauru, São José e LSB em turno único.
Para fins de classificação, foram considerados apenas os resultados dos jogos entre os times nas duas etapas, fazendo com que os mogianos terminassem no quarto lugar do Grupo B, com três vitórias.
– A equipe teve mais vitórias do que a oitava colocada, então, de certa forma, acho injusto o formato do campeonato, esse realinhamento. Não levamos em consideração duas vitórias que tivemos contra Corinthians e Franca, então, nesse ponto de vista, é injusto. Mas nós sabíamos que o campeonato era assim, que só contariam as vitórias contra as equipes do nosso grupo. A gente já sabia disso, mas, na minha visão, não deixa de ser injusto.
O treinador também citou os vários problemas por lesão ao longo do Paulista. Na reta final, por exemplo, o capitão e ala-armador Guilherme Lessa e o armador Gabi Campos, lesionados, ficaram de fora. Vale lembrar que, além dos desfalques, o ala Anthony Harris deixou o clube em comum acordo.
– Agora, pensando nesses 13 jogos, tivemos bons momentos, outros nem tanto. Enfrentamos problemas de lesões durante todo o Campeonato Paulista. Praticamente nenhum jogo jogamos com o time completo, então oscilamos bastante também.
Outro ponto destacado por Penna foi a juventude do elenco dentro do processo de construção do time ao longo da etapa inicial do torneio.
– Ao mesmo tempo, temos uma equipe extremamente jovem, e a minha ideia inicial era tentar ser competitivo, né? E conseguimos mostrar esse nível de competitividade em praticamente todos os jogos, chegando no último quarto com chances reais de vitória. Esse era o meu primeiro objetivo, né? Lógico que gostaríamos de ter fechado alguns jogos que poderíamos ter vencido e não fechamos. Isso faz parte da evolução dos meninos, dos garotos que estão tendo sua primeira oportunidade de serem protagonistas. A gente sabia que isso poderia acontecer.
Com o fim do estadual, o próximo compromisso do Mogi será a disputa da temporada 2024/25 do Novo Basquete Brasil (NBB).
A estreia no nacional acontece apenas no dia 12 de outubro, contra o Paulistano, às 18h, no ginásio Hugo Ramos. Até lá, o grupo terá um longo período treinos. Nos bastidores, a diretoria trabalha pela chegada de ao menos dois reforços.
– Temos plena consciência de que precisamos evoluir fisicamente, taticamente e tecnicamente. Vamos aproveitar esse tempo, quase 25 dias até a estreia, para trabalhar e nos condicionar, buscando que essa evolução seja rápida e efetiva, para que possamos competir de maneira mais convincente e tentar vencer jogos.
– Sabemos das dificuldades que temos, tanto dentro quanto fora da quadra, mas precisamos respeitar e dar o nosso máximo por essa camisa e pela tradição que temos.Nosso objetivo é chegar aos playoffs do NBB, como fizemos na temporada passada.
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