Cruzar os dois braços na frente do peito, a partir de agora, terá um significado especial no futebol. Este gesto indicará que uma ofensa racial foi cometida durante uma partida, dando início a um protocolo que poderá levar, em último caso, ao encerramento precoce do jogo. O "gesto antirracismo", criado pela Fifa para combater a discriminação, será implantado no Mundial Sub-20 Feminino, que começará neste sábado, na Colômbia.
O protocolo foi aprovado por unanimidade no último Congresso da Fifa, realizado em maio, na Tailândia, com o objetivo de combater o racismo e também dar mais poder a todos os envolvidos em campo para combater a discriminação.
De acordo com a orientação da Fifa, o gesto poderá ser feito tanto por atletas como por qualquer outra autoridade em campo, como o delegado da partida, para avisar ao árbitro que uma ofensa racial foi notada. O próprio juiz também pode usar o gesto, caso ele perceba o caso de racismo. A decisão de interromper ou não a partida será sempre do árbitro, não importa quem faça o gesto.
A Fifa indica três passos para serem seguidos. Em um primeiro momento, o incidente deverá ser anunciado no estádio, com a explicação sobre a causa da interrupção, e um aviso de que o jogo será suspenso se o racismo continuar.
Caso a discriminação não pare, o árbitro poderá, em um segundo ato do protocolo, suspender temporariamente o jogo e instruir as duas equipes a retornar aos vestiários, e novamente o estádio será avisado do risco de encerramento do jogo.
Se os casos de racismo persistirem, mesmo após o reinício do jogo, o árbitro poderá dar a partida por encerrada, após consultar as autoridades relevantes e ter garantias de que poderá termina o jogo com segurança.
Em um comunicado oficial, a Fifa explicou que o "aviso antirracismo" faz parte da política de tolerância zero com a discriminação e foi adotado após extensa consulta a jogadores e jogadoras atuais e do passado, em todo o mundo.
- O combate ao racismo é algo pelo qual nós precisamos lutar e fazer juntos. A implementação do "gesto antirracismo" no Mundial Feminino Sub-20, na Colômbia, é um primeiro passo vital para empoderar atletas em todo o mundo - disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
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